domingo, 24 de janeiro de 2010

Sangue Que Clama

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"Nas horas mortas da noite é doce o meditar"
Teu sangue que clama a mim, sim, clama por justiça
Até quando, Senhor, ficaremos sem defesa?
Quando vingarás o nosso sangue dos que habitam na terra?
O Leão da Tribo de Judá será o meu Mediador
Voz que clama no deserto, anunciai o Ano do Senhor
Endireitai as veredas, eis que sem demora o Mestre virá
Como um ladrão na noite, sorrateiro e com uma balança na mão
Julgará aos homens e aos povos, só então a minha causa será julgada
Encontrarei nEle refúgio, e o meu refúgio será a Tua morada
Ao que habitas nas Regiões Celestiais
Que está assentado no Trono de Deus e tem o Livro
Rogo que torneis a vir
Buscar-me-á para junto a Ti me encontrar
Achar-me-ei em uma nova terra

Autores: Adriano Ramiro e
Eduardo Cavalcante
data: 21/05/1996.
Inspirado em Apocalipse 6.

Texto de Apocalipse 6
verso 9
E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.

verso 10
E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?

verso 11
E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.


Poema extraido do Blog Ladrão na Noite.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

INTRODUÇÃO


POLITICAMENTE INCORRETO

Nem permitirei que definam e classifiquem o meu modo de escrever
Também não permitirei que presumam o meu modo de pensar e de ser
Antes quero ser poeticamente eclético e não restringivél a um horizonte
Quero poder usar todas as metáforas sem temer cair nos vícios de linguagem
Usar o barbarismo para descrever tudo aquilo que for insólito
A redundância para o inatingível e a ambigüidade para as oscilações do inexprimível
Não ficarei preso a convenções, fórmulas e modelos...
Fora todo protocolo! Abaixo a mecanização da arte e da vida
Toda a monotonia do cotidiano da mesmice da vida programada, presumida...
Exaltarei a simplicidade e a naturalidade, pois são a expressão da genuína poesia
Não quero ser taxado por um comportamento ou estilo
E nem permitirei que me rotulem por uma obra
Ainda que a mesma seja a de todas a mais prima
Pois ainda que o poeta morra e a poesia permaneça para sempre
( Mesmo que o poeta seja imortalizado, ainda estará morto, estático e inerte)
A obra nunca será mais importante do que o autor
Não serei politicamente correto, nem previsível, tão pouco limitado
Antes quero expressar tudo o que existe, mesmo o inexistente
Quero apregoar tudo o que é verdadeiro, sobretudo a sinceridade
Não me acovardarei e me calarei diante das censuras, restrições e críticas
Nunca escreverei e nem entregarei uma carta de suicídio
Enaltecerei tudo o que for vida, adorarei o Criador da mesma
Não desperdiçarei o meu dom no vício da mesmice
E nem na mercadejação de uma realidade corrupta
Não serei o poeta dos loucos, ou dos escravos, ou dos suicidas, ou qualquer classe
Sou poeta de todos, represento todos os que são humanos
Ainda que eu fale pela Divindade, ainda assim serei sempre humano
E ainda que eu seja ignorado, abafado, ou internado num manicômio
Não me prostarei a esse sistema de iniquidade
Ainda que seja esquecido e não atinja nenhum objetivo
Não perderei a essência que direciona o meu ser e conduz a minha vida
Não me orgulho de viver nesse mundo e nem me ostento por ser poeta
Ainda que eu seja incompreendido, continuarei compreensível
Ainda que as pessoas não aprendam a amar, continuarei amando
Com todo o meu coração, com toda a minh’alma, com todas as forças do meu ser
Com todas as minhas faculdades mentais, com todos os meu talentos e com tudo o que sou
Pois o amor me faz viver, faz-me prosseguir, faz-me vencer!
Não sou poeta nos tempos vagos, não sou poeta por acaso e nem por profissão
Sou um instrumento e canal de vida, sou poeta por vocação.
 
Adriano Ramiro da Silva
Data: 08/05/2002.
Hora: 16:02.
Lugar: MIS(Museu da Imagem e do Som).